Adorando, Apesar de Tudo

"Então Jó se levantou e, em sinal de tristeza, rasgou as suas roupas e rapou a cabeça. Depois ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e adorou a Deus. Aí disse assim: - Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O Senhor deu, o Senhor tirou; louvado seja o seu nome!" Jó 1. 20, 21

O ser humano nasceu com uma necessidade intrínseca de adorar. Essa necessidade se manifesta nas muitas práticas e atos criados para dar expressão a esse anseio. Alguns adoram animais, outros, os astros e houve quem adorasse seres imaginários em forma de ídolos. A Bíblia nos diz que o ser humano foi criado para o louvor da glória de Deus. É nEle que adoração encontra valor, sentido e propósito. Porque Deus é digno. DEle, por Ele e para Ele são todas as coisas.

É essa a visão de Jó. O livro conta a história da sua integridade, prosperidade e fidelidade a Deus, bem como a dúvida levantada por Satanás acerca da firmeza do seu caráter em circunstâncias adversas. Jó continuaria fiel? Continuaria adorando a Deus? O Senhor permitiu que o seu servo fosse provado, e o patriarca, no calor de sua dor e desgraça, apesar da tristeza e amargura adorou a Deus. Rendeu-lhe louvor.



Nossa adoração a Deus não se relaciona com nossa posição, sentimentos, desejos satisfeitos, bençãos recebidas ou circunstâncias, mas com Deus e somente com Ele. A adoração verdadeira reconhece que quem está no centro, no trono do universo é o Senhor e não nós. Por isso independe de estarmos bem ou mal, de estarmos sendo abençoados ou atribulados. Não tem a ver conosco. Tem a ver com quem Deus é, e com o fato de que, mesmo quando sofremos, Ele continua sendo digno da nossa devoção. Deus é fiel e justo e mesmo permitindo tempestades, sempre nos trará bonança, alívio e, principalmente, aprendizado, mas adorá-lo pelo que é e não apenas pelo que faz é a essência da verdadeira adoração. É viver a experiência de apesar de tudo, continuar a adorar. É ser adorador que o adora em espírito e verdade. Ele busca por adoradores assim. Você já foi achado por Ele?

Pr. Tomaz Munguba
Boletim IEBJP. Ed. 55